domingo - 13 de março


Palestras
A Evolução da orquidofilia através dos Séculos
*Norito Hasegawa.

Sem dúvida nenhuma as orquídeas foram admiradas por séculos. Não se pode acreditar que as pessoas de muitos países não tenham admirado as plantas como elas cresciam e floresciam em seus habitats. No entanto, não se tem registro delas terem sido coletadas e cultivadas com sucesso como hobby.
Os primeiros relatos de cultivo e crescimento artificial de orquídeas vêm dos chineses que as chamavam de "lan". Mas, é possível que "lan" pudesse também incluir, inicialmente, diferentes flores, como os lírios assim como as orquídeas.
Os artistas chineses e os japoneses incluiram Cymbidiums em seus desenhos. O samurai japonês as admirava e colecionava por causa de sua fragância suave, seu porte e variedade de folhas. Neofinetias eram colecionadas. Desde o simples começo da arte de colecionar e cultivar orquídeas na China e no Japão, o mundo ocidental rapidamente recuperou o tempo perdido, espalhando a boa mensagem das orquídeas. Empresas comerciais, especialmente na Inglaterra, cresceram em torno das importações e de novas descobertas. Despesas com a coleta e com a importação e subsequente grandes perdas tornaram proibitivas para os orquidófilos comuns sua compra em grande quantidade. A maior parte tornou-se ávidos colecionadores e suas atividades incluiram indubitavelmente coisas como prestígio, esnobação e orgulho pela possessão de uma planta única, espécie ou híbrido. Muitos livros foram escritos ensinando fórmulas diferentes para o cultivo, incluindo cultivo em estufa e ao ar livre, dizendo o quanto era "fácil" cultivar muitas orquídeas. O crescimento de muitas sociedades teve sua inflência na popularização do hobby. Hoje em dia, as orquídeas são imediatamente adquiridas em orquidários, lojas diversas e pela Internet. Para chegar a esta fase do hobby, naturalmente, levou-se séculos para atingir a evolução e os melhoramentos de germinação artifical, melhoramentos do substrato, o conceito de meristema, o uso de computador no crescimento, no markueting e na distribuição de orquídeas.



Novos Bulbophyllum e seu cultivo
Roland Schettler

Nos últimos anos, algumas espécies de Bulbophyllum passaram a ser colecionadas por cultivadores e amadores. Alguns deles são velhos amigos, mas outros são realmente novos e adotam um nome fantasia para identificá-los. A dificuldade para os cientistas é que, sem a origem, não há possibilidade de descrever a espécies. As plantas vêm de colecionadores e hibridadores do Vietnam e países vizinhos. Alguns produzem belas cores e perfumes inusitados. Por alguma razão o Bulbophyllum passou, de alguma maneira, por um renascimento, como mostram os vistosos híbridos. Exemplos destes novos membros do gênero Bulbophyllum são Bulbophyllum lepidum rot, Bulbophyllum pectenveneris, Bulbophyllum retusiusculum e Bulbophyllum frostii.
Alguns exemplos de plantas espetaculares cultivadas foram mostradas assim como foram dadas indicações de cultivo e de reprodução.

Roland Schettler, após ter feito estudos em teologia, filosofia e biologia, trabalha como cientista no campo da biotecnologia, no Instituto de Pantbreeding, Bundesforschungsanstalt für Landwirtschaft em Braunschweig, Alemanha. Hoje em dia trabalha como professor em Halver, Germany. Ele é um dos fundadores da Vereinigung Deutscher Orchideenfreunde e seu presidente desde 1995. Desde 1994 é o editor do Journal für den Orchideenfreund, autor de alguns artigos e editor de dois livros referentes às orquídeas. Ele é orador e juiz junto às Conferências Mundiais de Orquídeas (WOCs) e dos Conselhos Europeus de Orquídeas (EOCs) e juíz da WOC em Dijon, França.

Análise comparativa entre espécies de orquídeas e seus híbridos
Schatz Bertrand

A hibridação é comumente olhada como um dos importantes mecanismos na evolução da planta. Sua ampla ocorrência dentro família Orchidaceae sugere que ele pode ter um importante papel na especiação e em sua evolução. Observações ecológicas e estudos de perfumes emitidos pelas plantas podem conter informações das causas e conseqüências da hibridação.
Nós estudamos os país (Orchis simia e O. anthropophora) e seu híbrido O. bergonii na região de “Grands Causses”, a norte de Montpellier, na França. Nós comparamos a morfologia floral, o grupo de visitantes das flores e (usando técnica head-space) os componentes voláteis emitidos pela flor de três taxons.
A morfologia floral dos híbridos é intermediário entre os dois pais. Nós fizemos distinção entre polenizadores confirmados, polenizadores potenciais e não polenizadores entre os insetos observados nas inflorescências.
Uma das espécies de mosca era um polenizador de ambos os pais. O habitat onde ocorre o híbrido é o mesmo onde ocorre a mosca. Os componentes voláteis emitidos por O. bergonii são quantitativamente muito diferentes daqueles emitidos por O. simia e O. Esta diferença pode explicar porque somente alguns insetos foram observados na inflorescência dos híbridos enquanto os insetos eram numerosos nas duas plantas genitoras. Este caso constitui uma promissor modelo para se entender a ecologia de polenização em híbridos de orquídeas.

Bertrand Schatz é um jovem pesquisador da CNRS -França, onde ele pesquisa as interações entre insetos e orquídeas na região mediterrânea. Ele é encarregado da comissão científica de “Interações e de Insetos-orquídea” da SFO (Sociedade Francesa de Orquidofilia).

 

Stands






Plantas


Polystachya galeandra

Bulbophyllum sulawesi

Paphiopedilum Wössner Leguant

Odontioda Picasso 'Rubia'

Chysis bractensis

Cyrtochilum macrantum

Epidendrum corifolium

Drts Nobby`s Purple (Splash)






voltar